apreciações críticas |
ALBANO: NÉCTAR PARA OS POETAS!
José de Abreu Albano (18??-19??) excelente poeta que, dadas certas circunstância de sua vida e obra (a vida descuidou, não das faturas, mas de sua divulgação. A obra ficava num fim de linha, com todo o perfeccionismo que caracteriza poéticas de decadência) ficou relegado ao ostracismo, so saindo do esquecimento total graças, principalmente, à admiração que a ele devotou Manuel Bandeira. Este soube apreciar o seu trabalho permeado de cores arcaizantes, mas de um fatura artesanal admirável. Bandeira o recolocou através de crônicas e e de estudo crítico que acompanhou volume de sua poesia completa. Os poetas e seu lado folclórico. Albano transitou por paragens, entre as quais se destacou Paris, onde vivia dissipando tudo o que ocasionalmente conseguia sob a desculpa de subscrições para a edição de suas obras completas. Certa vez, flagrado bebendo champagne, por Graça Aranha, o poeta teria dito que era só champagne e que numa sociedade de fato evoluída os poetas teriam direito ao néctar. A verdade é que, salvo raras exceções, os grandes poetas têm colhido mais sofrimento que glória e que esta vem, quase sempre após a morte (poesia não dá dinheiro). Albano, por que acabei nutrindo enorme simpatia, deixou alguns belíssimos poemas - a língua do poema, para ele, tinha de adentar o sublime e o solene - entre os quais aparece um longo: "Triunfo" (em parte um diálogo com a célebre "Ode a Afrodite", de Safo) em decassílabos, utilizando a terza rima e do qual transcrevo apenas três versos:
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