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HISTORINHAS DE POETAS
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QUANTOS MESES HÁ PARA A POESIA?

 

            Não me lembro bem se em fins dos anos 70 ou inícios dos 80 (do século passado!). Reinaldo Rizzo dava aulas numa escola estadual, em São Paulo, bairro da Casa Verde. Morava, então, na rua Dr. Villa Nova, repartindo apartamento com Paulo Miranda (eu já não morava com eles naquela república - "Consulado de Pirajuí"). Reinaldo, na escola, comentou que seus amigos eram poetas e gráficos, o que despertou o interesse de uma professora, cujo noivo, além de poeta, era um poeta de obra recém-publicada. Conversa vai, conversa vem, Reinaldo prontificou-se a levar a publicação do tal poeta para o Paulo, com quem se encontrava diariamente (já que habitavam o mesmo apartamento) e arrancar dele um parecer, uma opinião.  (Até me pareceu que Reinaldo desconhecia Paulo Miranda. Paulo sempre detestou esse negócio de ficar dando opinião, embora fosse das pessoas mais categorizadas do País para fazê-lo.) Paulo examinou o volume: era nada mais, nada menos, que uma espécie de folhinha, com os meses todos, sendo um poema para cada um dos doze, explorando o que cada um tivesse de mais característico… Passou o tempo e o Paulo nada. Certo dia, vendo que o Paulo nada dizia e tendo, Reinaldo, de dizer alguma coisa à moça-professora-noiva-do-poeta, sua colega, perguntou ao amigo:
            - E então, Paulo, o que você achou do livro? O que eu digo para Fulana?
            - Diga que está faltando o décimo-terceiro!
            Quando Reinaldo me contou, dias depois, quase morremos de rir. Não me lembro se ele passou o recado à moça. OMAR KHOURI

 

 



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